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PUERPÉRIO
FISIOLÓGICO
PUERPÉRIO,
INVOLUÇÃO UTERINA, LÓQUIOS E SECREÇÃO LACTEA. PUERPÉRIO Puerpério é o período compreendido entre o parto e o restabelecimento das funções normais do útero e ovários, para que a fêmea possa ter nova gestação. Um puerpério é considerado
normal quando o animal libera os anexos em período correto para a espécie
considerada e volta a ciclar no período previsto. A liberação da placenta nas
vacas ocorre entre 6 e 8 horas após o parto, se não houver interferências.
Caso estas ocorram este período aumentará cerca de 2 horas. Nos pequenos ruminantes a
eliminação ocorre em 2 horas enquanto que em cadelas, éguas e porcas é
imediata ou quase que imediata (30 minutos a 1 hora).
As interferências sempre aumentarão este tempo em cerca de 2 horas. Após o parto, por um
determinado período, as contrações continuam e têm a função de auxiliar a
involução uterina. INVOLUÇÃO
UTERINA É o retorno do útero e ovários
à sua situação anterior no que tange à morfologia e localização: localização
pélvica, com rearranjo das fibras do miométrio e endotélio endometrial. Este retorno pode ocorrer um
tempo maior ou menor, dependendo do tipo de ligação existente entre o feto e a
mãe.
LÓQUIOS
Os lóquios são
fisiologicamente inodoros e respondem pela limpeza uterina pós parto. Apresentam células de descamação e sangue, em quantidades
que variam conforme o tempo de placentação. Nos ruminantes é vermelho, quase cor de vinho, na égua é de coloração vermelho amarronsado a amarelo claro. Na cadela apresenta-se esverdeado pela biliverdina, enquanto que na gata tem coloração amarronzada, na porca é esbranquiçado. Este lóquio é eliminado em quantidades decrescentes nos dias subseqüentes ao parto e por volta dos 15 dias desaparece. Quadro
- Relação do tempo de involução uterina entre as diferentes espécies e a
coloração dos lóquios correspondentes.
SECREÇÃO LÁCTEA
A prolactina um hormônio foto
dependente positivo que estimula e mantém a lactação. Tem ação oposta à
progesterona e portanto vacas de alta produção leiteira ou vacas pé duro com
bezerro ao pé tem dificuldade em entrar em cio no pós parto. A secreção da prolactina é
estimulada pela visão da cria (que inibe o GnRH e conseqüentemente o FSH e
LH), pelo estímulo da amamentação (que libera ocitocina e vasopressina, e
como é fotodependente pela luminosidade. Os
corticóides inibem a liberação
de GnRH e a P4 da adrenal inibe o LH. A cada final de lactação a
glândula mamária tem o seu tecido secretor destruído.
A cada nova gestação ocorre um incremento de preparo
da glândula, principalmente a partir do terço final da gestação para
a nova fase de produção de leite. Atuam
neste preparo o P4 (formação de alvéolos e ductos) e a prolactina (que
aumenta quando os níveis de P4 diminuem) e, nos ruminantes, o LP (lactógeno
placentário), produzido pela placenta e que compensa a queda nos níveis de P4
ao final da gestação. O estradiol prepara os
receptores para o P4 enquanto que o LPL também estimula a produção do
colostro. Outros hormônios como a
insulina, que facilita a captação de aminoácidos para a glândula mamária,
também tem ação na produção láctea. Se
não existe intervalo entre as lactações, a glândula não tem tempo de se
preparar adequadamente. O mojo é um edema de glândula
decorrente do preparo para a produção do colostro. |
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