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PARTO DISTÓCICO Problemas que acontecem no momento do parto que atrapalhem o
desenvolvimento normal do mesmo, são denominados distocias. A sintomatologia de um parto distócico inclui: * Contrações
fortes e persistentes sem expulsão fetal * Contrações
fracas, infreqüentes e improdutivas por mais de 2 ou 3 horas * Intervalo maior do
que 2 horas entre os fetos ou 4 horas após o início do 2° estágio * Gestação
prolongada, descarga vaginal purulenta e sinais de intoxicação * Apresentação,
posição ou atitude do feto anormal. AUXÍLIO AO
PARTO
* Limpeza da
ampola retal * Anti-sepsia dos
posteriores * Lubrificação
abundante com carboximetil celulose * Anestesia epidural * Higiene pessoal * Força de tração
moderada em pequenos animais e de até 3 pessoas em grandes animais * Utilização de
correntes obstétricas desinfetadas * Cada membro deve
ser referendado separadamente * Os anexos fetais não
devem ser presos junto com os membros para evitar rompimento do útero durante a
tração. * Para extração do
feto, utilizar somente força humana * A extração deve
acompanhar as contrações abdominais * A distribuição das forças de tração deve ser irregular para obter redução nos diâmetros torácico e pélvico, por inclinação. Devemos
verificar se o feto está vivo, e o que está impedindo o parto. Uso de correntes
obstétricas: Quando os membros
anteriores estiverem dentro da cavidade pélvica, colocar a corrente abaixo do
boleto, impedindo assim que a articulação se dobre e lese o canal do parto. Após a sua
exteriorização, colocar a corrente acima do boleto. Para realizar
a correção da distocia fetal o animal deve estar em estação. A
correção não é viável quando: * As contrações
forem muito fortes * Fetos muito
grandes CUIDADOS NO PÓS-PARTOPalpar para
verificar se não há outro feto. Exame cuidadoso do
genital para descartar presença de ferimentos Lavagem uterina Utilização de
antibióticos e ocitócicos. DISTOCIAS DE ORIGEM FETAL1 – Distocias
relacionadas a estática fetal (apresentação, posição e atitude) Dependendo do tipo de alteração apresentada deverá ser adotada medidas adequadas que podem ser: as manobras obstétricas, a cesariana ou a fetotomia. Grandes AnimaisPequenos Animais 2 – Distocias
independentes da estática fetal:
DISTOCIAS DE ORIGEM
MATERNA
1 – Doenças gerais: Erros alimentares, intoxicações, osteopatias, hipocalcemia, hipomagnesemia. 2 – Doenças orgânicas : peritonites agudas, reticulopericardites, pericardite traumática aguda, hérnias ou rupturas de parede abdominal, distensão excessiva dos músculos abdominais (inclusive por aumento do volume de envoltórios fetais), ruptura uterina ou intestinal. As doenças orgânicas causam muita dor impedindo que haja a contração da musculatura abdominal. DISTOCIAS FUNCIONAIS (anomalias das contrações) As contrações podem se apresentar excessivas ou debilitadas e nos dois casos o parto geralmente não ocorre.
Ocorre a deficiência nas contrações uterinas Pode ser de causa primária ou secundária. Causas primárias: obesidade, distúrbio da relação Ca/Mg, sobrecarga excessiva do útero (feto grande ou hidropsia de anexos fetais), toxicose gravídica (ovelha e cadela), hérnias abdominais, reticulopericardite trraumática, afecções hepáticas como a fasciolose, afecções pulmonares e renais, distúrbios hormonais. Causas secundárias: Macrossomia do feto, torção uterina, estresse da musculatura, ruptura uterina. B – HIPERTONIA UTERINAOcorre principalmente em: primíparas, fêmeas jovens e de temperamento nervoso e com mais freqüência em eqüinos. A contração pode ser tão intensa que impede a abertura da cérvix. As contrações apresentam-se fortes e improdutivas. O tratamento realizado é tranqüilizar a fêmea. DISTOCIAS POR VÍCIOS PÉLVICOS
Estão ligadas à parte óssea da via fetal. Pelve infantil : alteração hereditária ou adquirida, geralmente durante o processo de desenvolvimento por má nutrição, os relevos ósseos apresentam-se elevados, diminuindo o diâmetro pélvico e conferindo-lhe uma conformação piriforme. Osteopatias como fraturas de bacia, luxação sacro-ilíaca, calos ósseos exuberantes, raquitismo (comum em suínos), tumores ósseos, e mal-formações. A palpação retal e o RX fornecem subsídios para fechar o diagnóstico. O único tratamento possível é a cesariana. DISTOCIAS LIGADAS À VIA FETAL MOLE.Os pontos críticos para o parto são a vulva, o anel himenal, a região da cérvix e a região uterina. Hipoplasia dos órgãos genitais externos Comuns em fêmeas jovens, primíparas, que ainda não atingiram o desenvolvimento corporal adequado quando postas em reprodução. Pode ser congênita ou ligada à idade. Anomalias de órgãos genitais Geralmente ligadas a fatores hereditários. Útero unicórneo, persistência do ducto de Muller, cervix dupla, persistência do anel himenal. Distocias com sede em vagina e vulva Atrtesia – imperfuração do canal vaginal Estenose – Diminuição da luz, pode ser causada por retrração cicatricial, hematonas, abscessos, tumores e edemas. Hiperplasia vaginal – Geralmente de origem hormonal , Distocias com sede em cérvix Rigidez ou oclusão Endurecimento do colo, geralmente por cervicite crônica
ou cicatrização do colo uterino. Dilatação insuficiente. Distocias com sede em útero (deslocamentos) São as mesmas que podem ocorrer durante a gestação: torção uterina, desvio de útero, histerocele inguinal gravídica, ruptura uterina. TRATAMENTO DE DISTOCIA
1-MANIPULAÇÃO MANOBRAS OBSTÉTRICAS RETROPULSÃO – EMPURRAR O FETO ANTERIORMENTE AO CANAL DE NASCIMENTO EM DIREÇÃO AO ÚTERO EXTENSÃO – EXTENSÃO DE MEMBROS FLEXIONADOS QUANDO OCORREM ATITUDES FLEXIONADAS TRAÇÃO – AUXILIA E EM ALGUNS CASOS SUBSTITUI A “FORÇA” MATERNA DE EXPULSÃO ROTAÇÃO – ALTERAÇÃO DA POSIÇÃO FETAL VERSÃO – ALTERAÇÃO DE APRESENTAÇÃO TRANSVERSA OU VERTICAL PARA LONGITUDINAL; 2- TRATAMENTO
MEDICAMENTOSO * OCITOCINA -
meia vida - 1a 2minutos Altas doses de
ocitocina repetidamente - hiperestimulação Dose - 5 a 20 UI por
cão (I.M.) - com intervalo de 30-40 minutos Efeitos
colaterais: Separação da
placenta constrição de
veias umbilicais, vasodilatação na fêmea, hipotensão. * CÁLCIO - Associado à
ocitocina ou quando os níveis de cálcio ionizado estão baixos Gluconato de cálcio 10% - dose 0,2ml/Kg I.V. - Lentamente (3 a 5 min) acompanhando com auscultação
(Arritmia); 1 a 5 ml SC * ERGONOVINA
- Derivados de Ergot Não utilizar para
distocia Utilizar para
hemorragia pós-parto Dose:10
a 30 mg/kg
via oral ou I.M. * GLICOSE
- Utilizar em distocia relacionada a hipoglicemia Solução de glicose 5% ou 10% I.V. TRATAMENTO
INDICADO 1) Fetos grandes ou 1 ou 2
fetos pequenos - Cesariana 2) Mais de 5 fetos restantes
no útero - Cesariana 3)
4 ou menos fetos restantes no útero sem obstrução do canal - ausência
da progressão do trabalho de parto de parto após o início do 2° estágio
(expulsão fetal) por 4 horas ou 2 horas entre os fetos. aplicar
0,1 a 2,0 UI/Kg de ocitocina I.M. ( não exceder 20UI) a) nascimento com
menos de 30 minutos - repetir a
ocitocina b) nascimento com
mais de 30 minutos - aplicar cálcio
(Gluconato de cálcio 10% 0,2ml/Kg I.V., não exceder 5 ml. Repetir ocitocina após
30 min. 4)
Saída parcial do feto - manobra obstétrica ou cesariana 5)
Presença de descarga vulvar - o parto deve ocorrer em 1 a 2 horas, caso
não ocorra - intervir 6)
24 hs de trabalho de parto - morte fetal - cesariana 7)
Corrimento sanguinolento - traumatismo, torção uterina ou rompimento
uterino 8) Viabilidade fetal (U.S.) - 130 bpm - pouca
viabilidade - intervir em 1 a 2 horas 100 bpm - intervir
imediatamente. INDUÇÃO DE PARTO
Recomendado a partir
de 51 dias de gestação (cães) * GLICOCORTICÓIDES - Dexametasona - 0,2 mg/Kg Via oral (3x dia/ 5
dias) diminuir a dose gradativamente
0,16 mg/Kg até 0,02 mg/Kg(5 dias) Efeitos colaterais:
Causa polidipsia e poliúria * PROSTAGLANDINA
- nascimento ocorre 3 a 5 dias após Dosagem: 20µg/Kg SC
ou IM cada 8h ; 30 µg/Kg cada 12h
por 72 h; 250 µg/Kg
cada 8 h por 4 dias. Para bovinos - Associação
glicocorticóides (dose única = a ação anti-inflamatória) e prostaglandina ( 1 frasco) - nascimento após
3 dias. |
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