|
|
DISTÚRBIOS METABÓLICOS DURANTE A GESTAÇÃO1.
Acetonemia
Fatores predisponentes
A
alimentação do animal gestante deve conter carboidratos, proteínas e gorduras
que serão metabolizadas pelo fígado. Parte
será armazenada sob a forma de glicogênio (quebrado em glicose quando o
organismo necessita de E). Se
a glicose sofre uma queda em seus níveis, o organismo passa a metabolizar as
gorduras gerando os ácidos graxos que irão para a circulação, leite e
urina., sendo transformados em corpos cetônicos. O
aumento dos corpos cetônicos na circulação causa cetose e acetonemia, acetonúria
em bovinos (febre vitular) e toxemia gravídica em pequenos ruminantes e
caninos. 1.
Bovinos
Etiologia:
geralmente estão ligadas a altas produções leiteiras e alimentação
deficiente. Ocorrência:
período pós-parto de pico de produção leiteira (2 a 6 semanas) Sintomatologia:
apatia, emagrecimento e com a evolução do quadro inapetência e queda da produção
de leite. Diagnóstico:
Baseado
nos sintomas clínicos, histórico de puerpério, alta produção lactea,
indigestão e sintomas nervosos. Exames
laboratoriais:
Dosagem
de corpos cetônicos, cetonúria, acetonemia e hipoglicemia. Valores
normais para corpos cetônicos:
Glicose:
menos que 50mg/100ml. Prognóstico:
Bom, baixa mortalidade. Tratamento:
Correção
alimentar e glicose (aumentar a E). 2.
Pequenos ruminantes e cães.
Ocorrência:
no último mês de gestação, onde o crescimento do feto é mais rápido. Sintomatologia:
espasmos musculares, anorexia, taquipnéia, atonia, ataxia, coma e morte. Nos
pequenos ruminantes – mais freqüente - apatia. Cães
- O quadro nervoso é freqüente inclusive com quadros convulsivos provocados
talvez pela maior sensibilidade desta espécie aos corpos cetônicos. Prognóstico:
A taxa de mortalidade é alta Diagnóstico:
Laboratorial
- corpos
cetônicos em urina. A glicose pode
estar baixa ou normal (neste caso sempre nos limites mínimos). Tratamento:
2.
Hipocalcemia Patologia
erroneamente chamada de eclampsia. A
mobilização do cálcio pelo organismo é feita através do paratormônio,
produzido pelas paratireóides: A
queda nos níveis de cálcio sangüíneo estimula a secreção de PTH que
aumenta a reabsorção óssea corrigindo os níveis séricos do cálcio. Quando
estes níveis estão altos, as paratireóides são inibidas e param de secretar
o paratormônio aumentando a secreção de calcitonina que diminui a reabsorção
óssea Importância
do cálcio
O
equilíbrio cálcio, fósforo e magnésio deve estar sempre mantido.
Quando isto não ocorre, a redução dos níveis
de cálcio sanguíneo quebra a estabilidade da célula, aumentando sua
permeabilidade ao Na+ o que aumenta o limiar de excitabilidade do tecido
nervoso, ocasionando descarga espontânea dos impulsos nervosos. O
animal apresenta sinais de tetania e convulsão. Obs.:
Quedas nos níveis de cálcio sérico ocasionam paralisia em bovinos (pelo
bloqueio na liberação de ACTH) enquanto que em caninos causam tetania
(favorecimento da saída de ACTH). No
coração, a presença do cálcio causa contração e a sua falta o relaxamento
(fraqueza cardíaca). A
hipocalcemia tem um efeito inotrópico negativo que pode levar o animal à morte
por insuficiência cardíaca. Já
a hipercalcemia tem sobre o órgão um efeito inotrópico positivo, que pode
produzir arritmias fatais e aumento da duração da contração do músculo cardíaco. Fatores
predisponentes
A
hipocalcemia pode ocorrer antes ou depois do parto, sendo que em bovinos é mais
comum a ocorrência no pós parto. Sintomas
Nos
bovinos presença de paresia, resfriamento de extremidades e timpanismo, porque
tendem a permanecer muito tempo e decúbito. Nos
caninos tetania e alterações na freqüência respiratória. Diagnóstico
É
baseado nos sintomas e na dosagem de cálcio (valores normais estão por volta
de 9mg/dl). Tratamento
|
Envie mensagem a mcguido@mcguido.vet.br com perguntas ou comentários sobre este site da
Web.
|