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DIAGNÓSTICO
DA GESTAÇÃO NAS FÊMEAS DOMÉSTICAS
A
importância de um diagnóstico precoce de gestação nas fêmeas domésticas
apresenta importância intrínsica (possibilidade de manejo) e econômica (detecção
precoce de problemas de fertilidade). São
seus pré requisitos conhecimentos básicos de anatomia, fisiologia e clínica e
apresenta como limitações diagnósticos nem sempre seguros (limitações físicas
e de equipamentos). 1.
Clínicos
2.
Laboratoriais
DIAGNÓSTICO
DE GESTAÇÃO NA VACA Pode
ser feito por métodos clínicos e por palpação retal. O
ciclo de prenhez nas vacas, detectado por palpação, pode ser dividido (segundo
Götze) em 8 fases: Fase
1: sem
sintomas característicos Duração
3 a 4 semanas Cl
palpável após 21 dias permitindo suposição (ipsis lateral, ou seja, do mesmo
lado do corno gravídico). Fase
2: pequena bolsa inicial Duração:
4 a 5 semanas (35 dias) Ligeira
assimetria dos cornos uterinos Embrião
com 2 a 3 cm. Líquidos
fetais: 30 a 100 ml. Obs.:os
cornos uterinos, principalmente nas fêmeas primíparas não têm mais do que
1,5cm de diâmetro e ficam contidos apenas na cavidade pélvica, cabendo
inteirinho na mão. Fase
3: pequena bolsa característica Duração:
6 a 7 semanas (40 a 50 dias) Assimetria
de cornos uterinos mais evidente Inicia-se
o efeito da parede dupla na placenta (“beliscamento”) Embrião
com 4 a 6 cm. Líquidos
fetais: 80 a 300ml. Fase
4: grande bolsa inicial Duração:
8 a 10 semanas (55 a 70 dias) Assimetria
pronunciada de cornos uterinos O
útero não mais permite a sua reunião sob a mão mas permite contorná-lo. Adelgaçamento
da parede uterina Flutuação
característica Feto
com 8 a 10 cm. Líquidos
fetais: 300 a 700ml. Fase
5: grande bolsa característica Duração:
11 a 14 semanas (75 a 100 dias- 3 meses) Utero
talvez permita contorná-lo Feto
com 10 a 20 cm. Líquidos
fetais: 700 a 2000 ml. Fase
6: bolão Duração
: 15 a 20 semanas (105 a 140 dias - 4 meses) Útero
não mais contornável com a mão (tamanho de uma bola de basquete). Palpação de alguns placentomas Frêmito
da artéria uterina média, facilmente sentido nas laterais da pelve.
Cuidado para não confundir com piometra onde o frêmito também está
presente. Líquidos
fetais: 2 a 7 litros Fase
7: abaixamento Duração
21 a 30 semanas - 6 meses O
útero não mais está ao alcance do examinador. Presença
de um “funil”sobre a borda cranial da pelve Eventualmente
palpação de alguns placentomas Permanência
do frêmito da artéria uterina. Ao
final deste período possibilidade de palpação fetal pelo abdômen. Nesta
fase já se pode perceber no flanco do
animal
a presença dos movimentos do feto. Fase
8: fase final Período
de gestação: mais de 7 meses Subida
do útero e palpação do feto. Aos
7 meses: feto no flanco direito, próximo à pelve. Aos
9 meses: feto na região mais caudal à última costela Nesta
fase é possível verificar-se se o feto está vivo e se há torção uterina
(freqüente em animais estabulados pelo modo como o animal se levanta.
Na palpação sente-se a presença de estrias. Obs.:
Fêmeas bovinas prenhes podem apresentar cio durante a gestação: é o chamado
cio do encabelamento, que ocorre quando o feto começa a formar o pelame,
provocado talvez por liberação hormonal.
Diagnóstico
laboratorial
1.
Estrógenos plasmáticos Estrona
e sulfato de estrona (Rádio Imuno Ensaio) 16
dias pós cobertura: >3ng/ml 2
– Dosagem de progesterona no plasma e no leite - ELISA 3.
Citológico (biópsia
vaginal) Animal
não gestante: 12 camadas Animal gestante: 5 camadas de células cubóides(após
45 dias de prenhez, este diagnóstico tem 95% de eficiência). 4.
Exame do muco cervical Feito
com água destilada aquecida. Se
positivo, temos coagulação.
Se negativo, floculação ou turvação. Permite
diagnóstico após a 2ª semana de gestação. 5
– Ultra-som Diagnóstico
através da identificação da vesícula gestacional – 25-28 dias DIAGNÓSTICO
DE GESTAÇÃO NA ÉGUA
O
ciclo da gestação pode ser dividido em 9 fases. Fase
1 Período
de gestação: 28 a 30 dias (4 semanas) Formação
esférica de 2 a 3 cms. de diâmetro junto ao terço proximal do corno uterino
(parece uma bolinha de tênis). Tônus
uterino elevado. Fase
2 Período
de gestação: 5 semanas (35 dias) Presença
de um aumento de volume de cerca de 3 a 4 cms de diâmetro, com forma elíptica. Parede
uterina bastante fina Discreta
flutuação pela presença de líquidos e membranas. Fase
3 Período
de gestação: 6 semanas (42 a 45 dias) Formação
com 5 a 7 cms de comprimento e 5 cms de diâmetro (tamanho de um ovo grande). Rechaçamento
do corno uterino junto à junção corno/corpo. Ovários
na mesma posição inicial. Fase
4 Gestação
de 7 semanas (48 a 50 dias) Aumento
de volume com 6 a 7 cms de diâmetro (= ovo de pata) Flutuação
perceptível. Fase
5 Gestação
de 8 semanas (60 a 65 dias) Formação
com 12 a 15 cms de comprimento e 8 a 10 cms de diâmetro Fase
6 Gestação
de 3 meses (90 a 100 dias) Aumento
de volume com 20 a 25cms de comprimento e 12 a 16 cms de
diâmetro. Deslocamento
do útero para a cavidade abdominal (balotamento). Fase
7 Gestação
de 3 a 5 meses Útero
na cavidade abdominal Ovário
mais ventral, cranial e mais próximo do outro. Ainda
possível balotamento. Fase 8 Gestação
de 5 a 7 meses Completo
abaixamento do útero Maior
tensão dos ligamentos uterinos Deslocamento
maior dos ovários (que se aproximam cerca de 10cms.) Eventual
balotamento Fase
9 Gestação
de 7 meses até o parto Subida
do útero a partir dos 7 meses pelo crescimento fetal. Fácil
palpação do feto. Obs.:
Éguas prenhes por volta do 5º mês de gestação podem apresentar cio devido
à presença de folículos acessórios que se rompem, principalmente no caso de
animais bem alimentados, por isso não se deve deixar fêmeas pós cobertura com
os garanhões e há necessidade de palpação antes de novos cruzamentos.
Métodos
laboratoriais a)
Dosagem de progesterona b)
Estrógenos sanguíneos – 85 dias de gestação c)
Identificação de EcG – 50-90 dias de gestação MIP
test : teste imunológico da prenhez 35
dias: 85% de certeza. Ultra-som
– 19 dias já se identifica a vesícula gestacional.
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