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MECANISMO
ENDÓCRINO DO PARTO
É
estabelecido pela unidade feto placentária. O
feto informa a mãe de sua existência, quando de sua chegada ao útero. A
produção de hormônios é modificada pela placenta visando manter a sobrevivência
do feto, permitindo a estruturação do organismo para a manutenção da gestação
e futura lactação, além de avisar quando chega a hora do parto. O
mecanismo propriamente dito inclui fatores como o tamanho do feto e a extensão
do útero e a insinuação do feto e seus anexos pelo canal do parto. 1.
Tamanho do feto e extensão do útero
O
estresse fetal causado pela diminuição do seu espaço desencadeia o parto. O
estresse fornece um sinal para o hipotálamo do feto fazendo com que sua hipófise
seja estimulada a liberar ACTH (hormônio adrenocorticotrófico), e a adrenal a
produzir hormônios esteróides e cortisol.
O
cortisol atua por sobre a placenta desviando a produção de hormônios: ·
Aumenta
a produção de prostaglandina com a lise do CL e queda na produção de
progesterona. ·
Aumenta
a produção de estrógenos com produção de receptores para a ocitocina. O
disparo do trabalho de parto (disparo “trigger”) é dado, portanto, pelo
aumento do cortisol fetal. Quanto
mais cortisol este produzir, maior será a produção de estrógenos pela
placenta. A adrenal fetal também
produz estrógenos. Obs.:
Lembrar que a progesterona sequestra Ca e impede as contrações uterinas, além
de diminuir a produção de prostaglandinas.
Já o estrógeno faz com que a produção de progesterona diminua, o que
aumenta a síntese de prostaglandinas que atuam no miométrio tornando-o e aos
cotilédones mais sensíveis à ocitocina (produzida pelo hipotálamo e
armazenada na hipófise). Em
caso de alterações em hipófise ou hipotálamo do feto há prolongamento da
gestação, enquanto que a presença de corticoteróides abrevia este período. O
cortisol estimula a 17a
hidroxilase que desvia a esteroidogênese (ao invés de se produzir progesterona
a partir da androstenediona, passa a produzir estrógeno). Os
andrógenos (produzidos no cortex da adrenal fetal) favorecem a produção de
estrogenos. O
aumento de estrógenos aumenta a produção de prostaglandina com
a lise do CL e queda de produção de progesterona. O
aumento da PGF2a
aumenta a sensibilidade do miométrio à ocitocina provocando assim as contrações
uterinas. 2.
Insinuação do feto e seus anexos pelo canal do parto.
A
insinuação do feto e da bolsa causa a distensão da cervix e vagina,
comprimindo a inervação local com liberação reflexa de ocitocina que aumenta
ainda mais a contração uterina. Ao
sair, o feto comprime o nervo pudendo estimulando de forma positiva a medula
espinal e gerando contrações da musculatura abdominal.
(Estas contrações são eliminadas quando se usa anestesia epidural). O
delivramento completo (expulsão do feto) é dado pelas contrações uterinas
provocadas pela ocitocina e pelas contrações da musculatura abdominal. Obs.: Reflexo de Fergusson(compressão da parede) |
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