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Hospedeiro
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HOSPEDEIRO

De forma genérica, todos os vertebrados são hospedeiros em potencial.

Apresentam duas condições fundamentais: suscetibilidade e resistência, dependendo de fatores intrínsecos.

SUSCETIBILIDADE

            Falta de defesas do hospedeiro para resistir aos ataques ou agressões de um determinado agente causal.

SUSCETÍVEL - É a pessoa ou animal que não possui resistência contra determinado agente patogênico, e pode desenvolver a doença quando em contato com esse agente.

RESISTÊNCIA

            Conjunto de armas defensivas de que é dotado o hospedeiro, contra a ação agressiva do agente.

            A resistência pode ser de dois tipos:

            RESISTÊNCIA INESPECÍFICA OU NATURAL – depende das características estruturais e funcionais do próprio hospedeiro, sem a participação dos recursos imunitário.

            RESISTÊNCIA ESPECÍFICA OU IMUNIDADE. – ligada a fatores humorais e teciduais responsáveis pela resposta imune desenvolvida pelo hospedeiro em decorrência de um estímulo específico.

RESISTÊNCIA INESPECÍFICA OU NATURAL

Existem vários fatores intrínsecos envolvidos no processo de defesa do organismo:

Forças envolvidas no processo:

Barreiras naturais: Ex: Pele e mucosas

Mecanismos preventivos: Processos fisiológicos; Reflexos naturais.

Mecanismos defensivos: Fatores humorais; Fatores metabólicos; Fatores hormonais; Reações naturais de defesa.

A natureza da resistência:

Espécie, raça, linhagem, família, sexo, idade.

BARREIRAS NATURAIS:

PELE – é a primeira barreira de proteção do hospedeiro

-         Processo de dessecamento e de remoção de intrusos pela descamação contínua do tecido epitelial.

-         Pêlo, penas e escamas – impedem o livre acesso dos agentes.

-         Ácidos graxos insaturados – glândulas sebáceas – barreira contra penetração do agente, ação antimicrobiana.

-         Transpiração – ácido lático e sais – ação antimicrobiana.

MUCOSAS – revestimento – trato digestivo, respiratório, genito-urinário e conjuntiva ocular.

São potenciais portas de entrada para agentes causadores de doenças sejam elas transmissíveis ou não, por isso contam com recursos adicionais para evitar essa entrada.

CONJUNTIVA OCULAR: Atividade de defesa – fluxo lacrimal

MUCOSA RESPIRATÓRIA: células muco ciliares e glândulas secretoras de muco.

Alvéolos (macrófagos)

Entrada das narinas – pêlos

MUCOSA DIGESTIVA: Boca – Epitélio estratificado; descamação; muco; saliva.

 MUCOSA UROGENITAL: Muco.

 MECANISMOS PREVENTIVOS:

Processos fisiológicos e reflexos naturais do hospedeiro, capazes de interferir, inespecíficamente, no período pré-patogênico das relações intrínsecas entre hospedeiro e agente.

EX: Abanar a cauda, a crina, as orelhas, reflexo do músculo cutâneo, reflexo de limpeza conjuntival pelo movimento das pálpebras associado ao fluxo lacrimal.

Ainda dentro de fatores preventivos temos:

SECREÇÕES e EXCREÇÕES que normalmente contém substâncias microbicidas.

ÁCIDOS GRAXOS (pele) - propriedades microbianas

LISOZIMA (lágrima, saliva, secreção nasal e no leite) - enzima mucolítica.

SUCO GÁSTRICO (estômago) – ácido clorídrico

                                   Não age contra bacilos ácido resistentes – Mycobacterium bovis

BILE (intestino) – propriedades microbicidas

BACTERIOLISINAS, PROPERDINAS E LEUCÓCITOS (leite) - proteção contra infecção intestinal.

URINA – fluxo descendente – remoção mecânica

MUCO VAGINAL – proteção contra invasão de agentes microbianos.

MECANISMOS DEFENSIVOS

Quando um agente consegue passar por todos os mecanismos preventivos, entram em ação os mecanismos defensivos: Fatores humorais, fatores metabólicos e hormonais reações naturais de natureza inespecífica.

FATORES HUMORAIS

 Linfa – recolhe elementos particulados livre, inclusive agentes microbianos encaminhando-os aos gânglios linfáticos, onde são retidos e submetidos a outros mecanismos de defesa do organismo.

Soro – propriedades microbicidas – atribuídas ao complemento e a bacteriolisinas (lisozima e leucina)

Fração albuminóide do soro + sais de Magnésio – provocam destruição de bactérias e inativação de vírus.       

FATORES METABÓLICOS

Pressão sangüínea – regula o fluxo natural de suprimento nutritivo e de oxigenação dos tecidos

Facilita a eliminação de substâncias e agentes indesejáveis - transporte e filtração do sangue nos rins.

Temperatura corporal - 37ºC é temperatura de crescimento de um número limitado de agentes patogênicos.

Temperaturas elevadas como as das aves (42ºC) são mais restritivas.

Febre – reação do organismo que pode limitar a sobrevivência do agente u redução da virulência.

FATORES HORMONAIS

Tiroxina (Tireóide) – resistência contra agentes de doenças

Hormônios estrogênicos - atuam no epitélio vaginal, fornecendo níveis adequados de glicogênio, gerando ácido lático – inibindo seletivamente determinados agentes.

Reações Naturais de defesa inespecífica. – Os elementos de defesa interna do hospedeiro desencadeiam, reação inespecífica – processo inflamatório local.

Fagocitose (Polimorfonucleares - neutrófilos e leucócitos) e macrófagos

NATUREZA DA RESISTÊNCIA

Determinadas características do hospedeiro estão relacionadas com sua condição de resistência ou suscetibilidade, entre elas estão: raça, idade, sexo, linhagem, família.

ESPÉCIE: Determinadas espécies oferecem meio nutricional adequado para certos agentes etiológicos e outros não, estando relacionado a seu metabolismo basal e sua constituição físico-química.

Ex: A Brucella abortus possui preferência pelo eritritol, produzido pela placenta de bovinos provocando abortamento, em humanos não existe produção dessa substância, não causando abortamento.

Podemos classificar os agentes etiológicos em dois grupos:

1        - Os que afetam uma única espécie hospedeira ou espécies aparentadas

Ex. Sarampo, cinomose, peste suína.

2        – Os que podem afetar mais de uma espécie hospedeira ou grupo de espécies aparentadas.

Ex: zoonoses: tuberculose, brucelose, etc.

RAÇA: Dentro de uma mesma espécie, existem raças com comportamentos variáveis, sendo as raças mais refinadas e aprimoradas mais suscetíveis a doenças.

LINHAGEM E FAMÍLIA: Diferenciações de resistência associadas a linhagens são percebidas durante quadros epidêmicos.

Ex; Linhagens de galinhas resistentes a leucose.

INDIVÍDUO: Variações individuais são percebidas em todas as situações.

IDADE: O conhecimento do perfil de ocorrência de doenças segundo as diferentes faixas etárias é fundamental.

Doenças que aumentam a incidência de acordo com o aumento de idade dos hospedeiros - maior período de exposição durante a vida, maior tempo para o desenvolvimento da doença, desaparecimento de anticorpos maternos, maior exploração dos indivíduos.

SEXO: As diferenças de suscetibilidade podem estar relacionadas a condições fisiológicas, anatômicas ou ocupacionais capazes de influir na intensidade do risco de exposição ao agente.

RESISTÊNCIA ESPECÍFICA OU IMUNIDADE

A resposta do hospedeiro resultará numa condição de imunidade cujo caráter poderá estar associado a vários fatores como:

NATUREZA DA IMUNIDADE;

Humoral ou mediada por anticorpos

Celular ou mediada por células

FORÇAS ENVOLVIDAS

Células B e T

Tipos de Imunidade:

Ativa: Naturalmente adquirida

            Artificialmente induzida

Passiva: Naturalmente adquirida

             Artificialmente induzida

NATUREZA DA IMUNIDADE

IMUNIDADE HUMORAL – Representada pelos anticorpos presentes nos fluídos orgânicos – Imunoglobulinas ( IgM, IgG, IgA) .

IMUNIDADE CELULAR – È revelada em termos de hipersensibilidade e pode ser transferida de um a outro indivíduo pelas células linfóides imunes, mas não pelo soro.

FORÇAS ENVOLVIDAS

Qualquer que seja o tipo de imunidade, o processo se inicia com mudanças nas células linfóides.

Imunócitos - Células T (derivadas do timo) Células B (derivadas da Bursa de Fabrícius ou equivalente nos mamíferos)

Linfócitos B – relacionados com a produção de anticorpos séricos

Linfócitos T – relacionada com a imunidade mediada por células.

Formação de anticorpos

TIPOS DE IMUNIDADE

IMUNIDADE ATIVA – Os elementos de defesa do organismo são formados no próprio organismo do hospedeiro como decorrência do estímulo resultante de um contato prévio com o determinante imunogênico característico do antígeno.

a)      Naturalmente Adquirida – Processo de doença seguido de recuperação ou infecção inaparente, agentes de baixa patogenicidade estimulam o hospedeiro a produzir resposta imunitária, sem o desenvolvimento da doença.

b)      Artificialmente Induzida – Quando o processo de resposta do indivíduo é decorrente da administração de antígenos preparados artificialmente, dotados de características imunogênicas, sem apresentarem os inconvenientes da patogenicidade do agente. - Vacinação

IMUNIDADE PASSIVA – O hospedeiro recebe de modo natural ou artificial, anticorpos específicos gerados previamente no organismo de outro indivíduo. Geralmente a imunidade gerada desta forma é de curta duração.

a)      Naturalmente Adquirida –Passagem trans-placentária ou colostral de anticorpos específicos, gerados no organismo materno por um estímulo anterior.

b)      Artificialmente Induzida – É o caso da administração de soros específicos – anticorpos específicos preparados pelo homem. Ex: Soro antiofídico; Soro anti-rábico.

 

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Última modificação: 18 maio, 2005