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Endocrinologia
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ENDOCRINOLOGIA DA REPRODUÇÃO

Hormônios: Substâncias químicas sintetizadas e secretadas por glândulas endócrinas em uma parte do organismo, que são levadas pela corrente sanguínea ou linfática para outra parte do corpo onde modificam as atividades de órgãos alvo específicos. O útero e o hipotálamo produzem hormônios que não pertencem a essa definição clássica.

Fatores de crescimento: Na última década têm se realizado estudos sobre as funções destes fatores, são substâncias que controlam o crescimento e desenvolvimento de vários órgãos, tecidos e cultura de células.

Glândulas Endócrinas

Hipotálamo

Ocupa pequena porção do cérebro, na região do terceiro ventrículo, estendendo do quiasma óptico para o corpo mamilar.

Existe conexão neural entre o hipotálamo e o lobo posterior da hipófise, através do trato hipotalâmico-hipofisário  e conexão vascular entre o hipotálamo e o lobo anterior da hipófise.

O sangue arterial entra na hipófise pela artéria hipofisária superior e inferior. A artéria hipofisária superior forma capilares na eminência média e pars nervosa. Desses capilares o sangue flui até o sistema porta hipotalâmico-hipofisário, o qual inicia e termina nos capilares sem passar pelo coração.

Parte do retorno venoso da hipósife anterior é pelo caminho retrógrado e expõe o hipotálamo a altas concentrações dos hormônios da hipófise anterior, o que faz com que ocorra feedback negativo.

Glândula Pituitária ou Hipófise :

A hipófise está localizada na sela túrgica, uma depressão óssea na base do cérebro. A Glândula é dividida em 3 partes ; Lobo anterior , Lobo intermediário, Lobo posterior.

A pituitária anterior tem diferentes tipos celulares, secretando 6 hormônios.

1 – Hormônio do Crescimento ou Somatotrófico

2 – Hormônio Adenocorticotrófico (ACTH)

3 – Prolactina

4 – Hormônio estimulador da Tireóide (TSH)

5 – Hormônio Folículo Estimulante (FSH)

6 – Hormônio Luteinizante (LH)

Gônadas :

Funções:         Produção de células germinativas

                        Secreção de hormônio Gonadal

Células de Leydig – Células intersticiais, localizadas entre os túbulos seminíferos – Secreta testosterona

Células da Teça interna do Folículo de Graaf são fonte primária de circulação de estrógenos. Após a ruptura do Folículo  e ovulação , as células da teca e da granulosa são reguladas , formam o Corpo Lúteo que produz progesterona.

Glândula Pineal ou Epífise:

Tem origem neuroepitelial, do teto do terceiro ventrículo.

A glândula pineal dos anfíbios é um fotoreceptor que manda informações paras o cérebro.

A Glândula Pineal dos mamíferos é um órgão endócrino. A atividade hormonal da pineal é controlada pela iluminação do ambiente e pelo ciclo sazonal, através de um trajeto indireto envolvendo nervos simpáticos.

A Glândula converte a informação neural dos olhos sobre o tempo de luminosidade em um sinal endócrino de produção de melatonina que é secretada para a corrente sanguínea e fluído cérebro espinhal.

Hormônios :

Classificação:

Os hormônios podem ser classificados tanto de acordo com sua estrutura bioquímica, tanto como seu modo de ação.

Classificação bioquímica: Glicoproteicos, Polipeptídeos, esteróides, ácidos graxos, aminas

Protéicos:  Ocitocina, FSH, LH

Esteróides: Derivados do colesterol – testosterona

Ácido graxo: Derivado do ácido araquidônico – prostaglandinas

Aminas: Melatonina , derivados da tirosina e triptofano

Modelos de Comunicação Intracelular

 

Comunicação neural:

Neurotransmissores são liberados na junção sináptica da célula nervosa e atua através da fenda sináptica

Comunicação Endócrina:

Hormônios são transportados através da circulação sanguínea, típica da maioria dos hormônios.

Comunicação Parácrina:

Os produtos das células se difundem através do fluído extracelular para afetar as células vizinhas. Ex. Prostaglandinas.

Comunicação Autócrina:

As células secretam mensageiros químicos que atuam em receptores na mesma célula em que foi secretado.

Regulação da Secreção Hormonal

Feedback endócrino

Gônadas

O controle feedback ocorre no Hipotálamo e na Hipófise

Dependendo da sua concentração no sangue, hormônios esteróides podem exercer um feedback positivo ou negativo

Feedback negativo – Aumento de secreção de estrógeno no ovário vai implicar em diminuição do nível de FSH na hipófise.

Feedback positivo – Aumento da quantidade de estrógeno na fase pré-ovulatória implica em um pico de liberação de LH o que promove a ruptura do folículo ovariano.

Hormônios hipotalâmicos

Tanto a hipófise como hormônios esteróides regulam a síntese estocagem e liberação de hormônios hipotalâmicos através de dois mecanismos de feedback, uma curva longa e outra curta.

Reflexo neuroendócrino: O sistema nervo pode controlar a liberação de hormônios através de caminhos neurológicos Ex. ocitocina  na descida do leite e liberação de LH após a cópula.

Controle imuoendócrino; O sistema imune interage com o sistema endócrino para regular um ao outro. Vários órgãos endócrinos estão envolvidos em alguns aspectos desse processo regulatório: Hipotálamo, hipófise, gônadas, adrenal, pineal, tireóide e timo. Muitos destes órgãos afetam a função imune.

Receptores Hormonais

Cada hormônio tem um efeito seletivo em um ou mais órgãos alvo, esse efeito pode ser ativo por dois mecanismos:

Ligação específica é o mecanismo usual.

Mecanismo de ação dos hormônios esteroidais.

Por exemplo, todas as células alvo do tecido que respondem aos hormônios ésteróides contem uma proteína receptora na célula, a qual se liga especificamente ao hormônio ativando-o. Quando na célula alvo, o hormônio esteróide é encontrado no citoplasma, ligado a uma proteína relativamente grande. A ligação resulta na transformação ou ativação do complexo proteína-esteróide, promovendo a translocação no núcleo da célula.No sítio nuclear o complexo esteróide se liga ao receptor específico e causa a seqüência de respostas fisiológicas específicas para a célula.

Mecanismo de ação dos hormônios protéicos

As células alvo da hipófise anterior possuem receptores de membrana para reconhecer e seletivamente ligar os hormônios protéicos, incluindo gonadotrofinas.

O fenômeno de ligação dispara a síntese e secreção de hormônio hipofisário via sistema AMPcíclico-proteína quinase da célula. O nível de estrógeno circulante influencia nos receptores para gonadotrofinas.

Principais Hormônios da Reprodução

Os hormônios principais estão envolvidos em muitos aspectos do processo reprodutivo : espermatogênese, ovulação, fertilização, interesse sexual, implantação, manutenção da gestação, parto, lactação, e instinto materno.

Os principais hormônios reprodutivos são derivados do hipotálamo, lobos posterior e anterior da hipófise, gônadas(testículos e ovários), útero e placenta.

Liberação Hipotalâmica/ Hormônios inibitórios

Os hormônios do hipotálamo que regulam a reprodução são os homônios liberadores de gonadotrofina (GnRH e LHRH), ACTH, e fator inibidor de prolactina(PIF).O hipotálamo é também fonte de ocitocina e vasopressina, os quais são armazenados na neurohipófise, lobo posterior da hipófise.

 Resumo da origem e função de Neurohormônios  Reguladores da Reprodução.

Hormônios

Origem

Caminhos Neurológicos

Funções

 

Hormônio Inibidor da Prolactina (PIH)

Hipotálamo

Neurônios contem dopamina no núcleo arqueado

Inibir a liberação de Prolactina

Hormônio Liberador da prolactina (PRH)

Hipotálamo

 

Estimula a liberação de Prolactina

Hormônio Liberador de Gonadotrofina (GnRH)

Núcleo arqueado

Iminência média

 

Feedback negativo das gônadas

Estimula a liberação tônica do FSH e do LH

GnRH

Área hipotalâmica anterior/ Núcleo pré-óptico/ núcleo supra-quiasmático

Células hipotalâmicas sensíveis à estrógeno, receptores na pele e genitália para espécies que tem o reflexo da ovulação.

Estimula o pico pré-ovulatório de FSH e LH

Ocitocina

Núcleo paraventricular

Núcleo supra-óptico

Sensações táteis da glândula mamária, útero e cérvice

Indução de contração uterina, descida do leite e facilita o transporte de gametas

Melatonina

Pineal

Retina Via fibras retinohipotalâmica

Atividade inibidora gonadotrófica em reprodutores de dias longos Ex: hamster

Estimula o início da estação reprodutiva em reprodutores de dias curtos Ex:  ovelhas

       

Hormônios da Adenohipófise

A hipófise anterior secreta 3 hormônios gonaddotróficos:

FSH, LH e Prolactina.

LH e FSH são hormônios glicoproteicos

Cada hormônio é constituído por duas subunidades, cadeia a e cadeia b

A cadeia alfa é comum aos FSH e LH de todas as espécies, no entanto a cadeia beta confere especificidade a cada gonadotrofina.

Nenhuma das subunidades isoladas tem atividade biológica isoladas.

Prolactina não é uma glicoproteína

FSH – Hormônio Folículo Estimulante

Estimula o crescimento e a maturação dos folículos ovarianos ou folículos de graaf

FSH não causa secreção de estrógeno do ovário por ele mesmo, ele precisa da presença do LH para estimular a produção de estrógeno

Nos machos,  FSH atua nas células germinativas nos túbulos seminíferos do testículo e é responsável pela espermatogênese até o estágio de espermatócito secundário, mais tarde andrógenos  do testículo mantém os estágios finais da espermatogênese.

LH – Hormônio Luteinizante

LH é uma glicoproteína composta de subunidade alfa e beta.

O nível tônico ou basal de LH atua em conjunto com FSH para induzir secreção de estrógeno do folículo ovariano dominante.

O pico  pré-ovulatório de LH é responsável pela ruptura do folículo e ovulação.

LH estimula as células intersticiais do ovário e do testículo.

No macho, as células intersticiais(Leydig) produzem andrógeno após a estimulação de LH

Prolactina

É um hormônio polipeptídico secretado pela adenohipófise

O PIF, Fator inibidor da Prolactina, é provavelmente uma dopamina, é transportado pelo sistema porta hipofisário da adenohipófise.

A função da prolactina é iniciar e manter a lactação. Ele é denominado hoemônio gonadotrófico por causa de sua atividade  luteotrófica em roedores.Entretanto em mamíferos LH é o hormônio luteotrófico, sendo a prolactina pouco importante.

 Resumo dos hormônios secretados pela Hipófise ou Pituitária

Hormônio

Estrutura e célula produção

Função

FSH (Horm. Folículo Estimulante)

Glicoproteína

Gonadotrófo – Lobo anterior

Estimula crescimento folicular – fêmeas

Estimula espermatogênese – machos

LH (Horm. Lutenizante)

Glicoproteína

Gonadotrófo – Lobo anterior

Estimula ovulação e luteinização do folículo – fêmeas

Estimula secreção de testosterona  - machos

Prolactina

Proteína

Mamatrofo – Lobo anterior

Promove a lactação e reflexo maternal

Ocitocina

Proteína

Armazenada no Lobo posterior da hipófise

Estimula contração em útero prenhe e causa ejeção do leite.

Hormônios Hipofisários

Os hormônios da neurohipófise (hipófise posterior) diferem dos outros hormônios da hipófise porque não são produzidos na hipófise, e sim apenas estocados nela.

A ocitocina e a vasopressina (ADH ou hormônio antidiurético) são produzidos no hipotálamo. Esses hormônios são transferidos do hipotálamo para hipófise posterior não através do sistema vascular e sim através dos axônios do sistema nervoso.

Ocitocina  -  Sintetizada na hipófise e transportada em vesículas pelos axônios hipotálamo-hipofisários e estocados na neurohipófise

A Ocitocina é também produzida no corpo lúteo, tem dois sítios de produção, o hipotálamo e o ovário.

Durante a fase folicular do ciclo estral e durante os últimos estágios da getação, a ocitocina estimula contração uterina, facilita o transporte de espermatozóides pelo ouviduto no estro.

A compressão do feto na cérvix no parto causada pela passagem do feto, estimula um reflexo de liberação de ocitocina(Reflexo de Ferguson). Entretanto o efeito mais conhecido da ocitocina é o reflexo da descida do leite. O estímulo tátil ou visual associado com a sucção  induz a liberação de ocitocina na circulação. A ocitocina causa contração das células mioepteliais  que se situam ao redor do alvéolo na glândula mamária resultando na descida do leite..

A ocitocina ovariana está envolvida na função luteal, atua no endométrio para induzir lieração de PGF2a que tem ação luteolítica.

Melatonina – É sintetizado na Glândula pineal. As células do parênquima da pinel a partir do triptofano convertem-no em serotonina, que sob controle neural fazem a conversão para melatonina. A síntese e secreção de melatonina é elevada no período escuro. Longos períodos de elevada secreção de melatonina são responsáveis provavelmente pela indução do ciclo ovariano das ovelhas e inibição do ciclo ovariano das éguas.

Hormônios Gonadais Esteroidais

Os ovários e testículos secretam principalmente hormônios gonadais esteroidais.

Órgãos não gonadais como a adrenal e a placenta também secretam hormônios esteroidais.

Os hormônios são de quatro tipos: andrógenos, estrógenos, progestágenos e relaxina.

Os três primeiros são esteróides, a relaxina é proteína.

Os ovários produzem dois hormônios esteroidais: estradiol e progesterona e um protéico, a relaxina, e o testículo secreta somente testosterona

Os hormônios esteroidais secretados pelo ovário, testiculo, placenta e adrenal tem um núcleo em comum chamado ciclopentanoperhidrofenantreno. Com 18 C esteroidais tem atividade estrogênica, com 19 C atividae androgênica e com 21 tem propriedades progestágenas.

O colesterol com 27 C se transforma em  pregnenolona (20C) qdo tem sua cadeia clivada.

Pregnenolona é convertida a Progesterona que é convertia à andrógeno ou estrógeno.

 A meia vida dos esteróides no organismo é normalmente muito curta. Entretanto vários esteróides tem sido sintetizados para uso clínico.

A atividade secretória dos hormônios esteróides pelas gônadas está sob controle da hipófise anterior.

Estrógenos

Estradiol – É o principal estrógeno. É o estrógeno biologicamente ativo produzido pelo ovário, com pequenas quantidades de estrona. Exceto pela possível secreção  de estriol na fase luteal do ciclo, que é eliminado na urina. Todos estrógenos ovarianos são produzidos a partir de andrógenos.

Proteínas carreadoras na circulação carregam os estrógenos

Atividades:

-Atua no SNC para induzir comportamento de estro em fêmeas, entretanto pequenas quantidades de Progesterona com estrógeno são necessários para induzir estro em vacas e ovelhas.

-         Atua no útero para aumentar a amplitude e freqüência  das contrações potencializando efeito da ocitocina e da PGF 2 a.

-         Desenvolvimento físico das características sexuais secundárias  das fêmeas

-         Estimula o crescimento de dutos e causam o desenvolvimento da glândula mamária.

-         Exerce Feedback negativo(centro tônico) e positivo(centro pré-ovulatório) no controle da liberação de  LH e FSH através do hipotálamo.

-         Em ruminantes , estrógenos tem efeitos anabólicos, aumenta o ganho de peso e o crescimento

Hormônios Secretados pelos Órgãos Reprodutivos

Hormônio

Estrutura e Produção

Função

Estrógeno

18 C esteróide, secretado pela teça interna do folículo ovariano

Promove o desenvolvimento sexual, estimula o desenvolvimento de características secundárias, efeito anabólico

Progesterona

21 C esteróide, Secretado pelo Corpo Lúteo

Atua sinergicamente com estrógeno no aparecimento do estro e preparação do trato reprodutivo para implantação

Testosterona

19 C esteróide, Secretado pelas células de Leydig no testículo

Desenvolve e mantém glândulas acesórias, estimula características sexuais secundárias, maturação sexual, espermatogênese, efeito anabólico

Relaxina

Horm. Polipeptídico, c/ 2 subunidades a e b. Secretado pelo corpo lúteo

Dilatação da cérvix, causa contração uterina

Prostaglandina F2a

20 C insaturados, ácido graxo. Secretado por quase todas os tecidos do corpo.

Causa contração uterina, auxilia no transporte de espermatozóide no trato feminino e no parto. Causa regressão do Corpo Lúteo

Ativina

Proteína, encontrada no fluído folicular (Fêmeas) e no fluído da Rete testis (macho)

Estimula a secreção de FSH

Inibina

Proteína, encontrada na célula de Sertoli (machos) e Células da granulosa (fêmeas)

Inibine liberação FSH , o qual mantém nas espécies números específicos de ovulação.

Folistatina

Proteína, encontrada no fluído do folículo ovariano (fêmeas)

Modula a secreção de FSH

 

Progesterona

Progesterona é a mais  prevalente. É secretada pelas células luteais do Corpo Lúteo. Da placenta e da glândula adrenal.

Progesterona é transportada no sangue por uma globulina ligante,  tanto por andrógenos com estrógenos

Quem estimula a produção de progesterona é o LH

Funções:

-         Prepara o endométrio para implantação e manutenção da getação pelo aumento da atividade secretória das glândulas do endométrio e pela inibição da atividade do miométrio.

-         Atua sinérgicamente com os estrógenos para induzir o comportamento de estro

-         Desenvolve o tecido secretório alveolar da gl6andula mamária.

-         Inibe o estro e o pico ovulatório de LH

-         Portanto é um importante regulador hormonal do ciclo estral.

-         Inibe a motilidade uterina

Andrógenos

Os andrógenos são esteróides com 19C com uma hidroxila ou oxigênio na posição 3 e 17 e uma dupla ligação na posição 4

Testosterona é uma andrógeno produzido  pelas células intersticiais do testículo (Células de Leydig), com uma produção limitada na córtex da adrenal.

Testosterona é transportada no Sangue pela a globulina designada globulina de ligação esteroidal. 98% da testosterona circulante é ligada, o restante é livre para entrar no alvo qdo uma enzima no citoplasma converte a testosterona em dihidrotestosterona, quem atua no receptor nuclear.

Funções:

-         Estimular os últimos estágios da espermatogênese e prolongar a meia vida do espermatozóide no epidídimo

-         Promover o crescimento, desenvolvimento e atividade secretória dos órgãos sexuais acessórios do macho

-         Manter características sexuais secundárias e características sexuais ou libido no macho

Relaxina

É um hormônio polipeptídico formado por duas subunidades a e b unidas por duas pontes dissulfeto.

A relaxina é secretada principalmente  pelo corpo lúteo  durante a gestação. Em algumas espécies a placenta e o útero produzem relaxina.

O principal efeito biológico da relaxina é promover a dilatação da cérvix e da vagina antes do parto.

-         Inibe  contração uterina

-         Em conjunto com estradiol promove o crescimento da Glândula mamária

Inibina e Ativina

Inibina e ativina são isoladas do fluído gonadal, tem efeito na produção de FSH.

Possuem regulação parácrina entretanto moduladas pelo sinal endócrino de LH.

Inibina

Células de sertoli no macho e da granulosa em fêmeas produzem inibina

Não é esteróide mas sim proteína e é composta de duas subunidades.

No macho é secretada pela via linfática e não venosa como na fêmea.

A inibina possui um importante papel  na regulação hormonal da foliculog6enese durante o ciclo estral. Atua como sinal químico para a hipófise do número de folículos em crescimento no ovário. Reduz a secreção de FSH para basal. Inibe a liberação de FSH sem alterar a secreção de LH, deve ser a responsável pela liberação diferenciada de FSH e LH pela hipófise. Regula também a função da célula de Leydig

Ativina

Ativina estimula a secreção de FSH , também possuem 2 subunidades, estão presentes no fluido folicular e fluído da rete testis.

Ativina é membro funcional dos fatores de crescimento.

Folistatina

Outra proteína isolada de fluído folicular. A folistatina não somente inibe a secreção de FSH mas também liga ativinas e neutraliza sua atividade biológica. Ë portanto um modulador da secreção de FSH.

Hormônios Placentários

A placenta secreta vários hormônios como :

Gonadotrofina coriônica Eqüina (eCG)

Gonadotrofian coriônica humana (hCG)

Lactogênio Placentáro e Proteína B

Gonadotrofina Coriônica Eqüina (eCG ou PMSG)

É uma glicoproteína com duas subunidades semelhantes ao LH e FSH, mas contendo maior quantidade de carboidrato, especialmente ácido siálico, a presença deste ácido parece ser responsável pela meia vida longa deste hormônio.

O útero eqüino secreta essa gonadotrofina placentária. Possui ação de LH e FSH, seno a última dominate. Não é eliminado na urina,

A secreção de eCG estimula o desenvolvimento de folículos ovarianos. Alguns folículos ovulam, mas muitos tornam-se luteinizados.

Os Corpos Lúteos acessórios produzem progesterona, o que mantém a gestação em éguas.

Gonadotrofina Coriônica Humana (hCG)

O hCG  é uma glicoproteína e possui também duas subunidades. Possui atividade luteinizante e luteotrófico e possui pouca atividade de FSH.

O hCG é eliminado no sangue e na urina.

A presença dele na urina é a base de muitos testes de prenhez humanos. Pode ser detectado 8 dias após a concepção.

Lactogênio Placentário

É uma proteína com propriedades similares a prolactina e hormônio de crescimento.

É isolado de tecido placentário, mas nunca foi detectado no soro de animais até o último trimestre de gravidez

É importante na regulação maternal de nutrientes para o feto e possivelmente  é imortante para o crescimento fetal.

O lactogênio pode estar relacionado com a produção de leite pois, seu nível é mais alto em vacas leiteiras do que de corte.

Proteína B

O concepto bovino produz numerosos sinais durante o início da gestação, Somente uma proteína da placenta foi isolada, Proteína B. Sua ação pode estar relacionada com a prevenção da destruição do corpo lúteo no início da gestação de vacas e ovelhas.

Hormônios Secretados pela Placenta

Hormônio

Espécie

Estrutura e Local

Fluidos onde é presente

Função

hCG

Humanos e macacos

Glicoproteínas

Cel. Sinciotrofoblasticas

Sangue e urina

Atividade de LH, mantém o CL na gestação em primatas

eCH/PMSH

Eqüinos

Glicoproteína

Cálice endometrial de origem fetal

Sangue

Atividade FSH, estimula a formação de CL acessório em égua

Estrógenos

Ovelha e Bov

Ésteróides

Unidade fetoplacentária

Sangue

 

Progesterona

Ovelha e Bov

Ésteróides

Unidade fetoplacentária

Sangue

Manutenção da gestação

Lactogênio placentário

Ovelha e Bov

Proteína, tecido placentário

Sangue

Regula transporte de nutrientes para o feto

Proteína B

Ovelha e Bov

Proteína, concepto

Sangue

Reconhecimento materno da gestação

Prostaglandinas

Foram isoladas primeiramente de fluídos de glândulas acessórias masculinas, possui esse nome devido a associação com a glândula prostática.

A Prostaglandina é um ácido graxo, principalmente as relacionadas com a reprodução e PGE, são derivadas do ácido aracdônico.

Muitas prostaglandinas atuam localmente no seu sítio de produção na interação célula a célula, não estando  exatamente dentro da definição de hormônio.

PGF2a é um agente luteolítico natural do fim da fase luteal, que extingue o Corpo Lúteo, e promove o início de um novo ciclo na aus6encia de fertilização.

Prostaglandinas podem ser consideradas hormônios porque regulam vários fenômenos fisiológicos e farmacocinéticos, com a contração de musculatura lisa no trato reprodutivo e intestinal, ereção, ejaculação, transporte de espermatozóide, ovulação, formação de Corpo Lúteo, parto e ejeção do leite.

 

 

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Última modificação: 18 maio, 2005