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CICLO
ESTRAL
O ciclo estral é controlado pela integração entre o FSH, LH, estrógeno e progesterona. Esses hormônios são comuns a todas as espécies, contudo seus padrões de secreção e seus efeitos relativos variam entre as diferentes espécies. Essas diferenças ocasionam variações na extensão das fases luteínica e folicular do ciclo, assim como as diferenças na duração do cio.
O período de cio é caracterizado por alta secreção de estrógenos pelos folículos pré-ovulatórios. No fim do cio, ocorre a ovulação seguida pela formação do corpo lúteo, resultando em secreção de progesterona. Esta secreção regride abruptamente alguns dias antes do próximo cio. O período de atividade do corpo lúteo é chamado de fase luteínica (14-15 dias ovelhas e cabras, 16-17 dias em vacas e porcas). A fase folicular, desde o período de regressão do corpo lúteo até a ovulação – 2-3 dias cabras e ovelhas, 3-6 dias vacas e porcas. INTER-RELAÇÕES HORMONAISFase FolicularA fase folicular do ciclo é caracterizada pela rápida queda dos níveis de progesterona e um pico do nível sanguíneo de estradiol. Esse comportamento hormonal é essencial para a manifestação do comportamento de cio. Os níveis sanguíneos de LH aumentam duas vezes aproximadamente durante a fase folicular. O pico de estrógeno durante a fase folicular exerce uma influência retrógrada positiva sobre o eixo hipotálamo-hipófise resultando na onda ovulatória de LH, que ocorre aproximadamente 12 horas após o início do cio. O aumento de LH e FSH é determinado pela liberação hipotalâmica de GnRH. A ovulação não é um processo mecânico de ruptura devido à pressão interna excessiva. Na maioria das espécies o folículo ovulatório se torna flácido várias horas antes da ovulação, o que resulta em uma liberação lenta do líquido folicular após a ruptura do folículo. A onda ovulatória de LH também aumenta a síntese folicular de Prostaglandina, especialmente a PGE2 , que vai provocar a ovulação. Fase LuteínicaApós a ovulação a parede do folículo se espessa gradualmente devido à hipertrofia e hiperplasia das células da granulosa. As células que proliferam rapidamente preenchem a cavidade formada e começam a secretar progesterona. A secreção de progesterona depende da contínua manutenção de hormônios luteotróficos da hipófise. A função plena do corpo lúteo parece ser dependente da prolactina além do LH. O corpo lúteo regride abruptamente 13 a 15 dias após a ovulação no animal não prenhe. O declínio rápido da Progesterona devido à regressão do corpo lúteo é o elemento essencial para a completa seqüência de eventos que levam ao próximo cio e ovulação. Existe uma teoria chamada de mecanismo de contra-corrente, pelo qual uma substância luteolítica do útero passa diretamente da veia útero-ovariana para a artéria ovariana, estudos indicaram que tal substância seria a PGF2a A concentração de estrógeno e Progesterona influi na liberação de LH e FSH Seqüência do Mecanismo
Hormonal do ciclo estral
Aumento na quantidade de estrógeno (células do folículo) provoca um aumento na sensibilidade de GnRH e conseqüentemente um aumento deliberação de LH e FSH Progesterona diminui a sensibilidade ao GnRH e diminui a liberação LH e FSH A regulação do corpo lúteo pela PGF2a provoca um aumento de FSH e LH e uma diminuição de progesterona O LH provoca um aumento de produção de estrógenos pelas células da teca e se difundem pelas células da granulosa. O FSH estimula a conversão de andrógenos em estrógenos pelas células da granulosa e provoca aumento na concentração de estrógenos. FSH promove o aparecimento de receptores para LH na granulosa A granulosa vai produzir um fluído rico em estrógeno – antro O aumento da concentração de estrógenos vai promover a onda pré-ovulatória de liberação de LH. A onda de LH promove a maturação dos oócitos (meiose) – formação do primeiro corpúsculo polar A onda de LH também estimula a produção intrafolicular de PGA e PGE que vão promover a ruptura do folículo. Junto com a PGA e PGE ocorre a formação de corpos multivesiculares, bolsas da teça externa, elas produzem substâncias proteolíticas que digerem o substância cimentante dos fibroblastos da teca externa e promovem a ovulação. A onda de LH provoca uma diminuição dos receptores de FSH na granulosa, o que diminui a conversão de andrógenos a estrógenos. O LH se liga nos receptores das células da granulosa e iniciam a conversão da camada granulosa da fase folicular de secreção estrogênica para fase luteínica de Progesterona. Com a ovulação ocorre a formação do corpo lúteo. O corpo lúteo secreta progesterona, que provoca uma diminuição de liberação de FSH e LH pela hipófise. O corpo lúteo regride, diminui a secreção de Progesterona o que provoca um aumento de liberação de FSH e LH e o ciclo se repete. Atividade sexual estacional
Nos mamíferos selvagens a atividade sexual varia com as estações do ano. Nos mamíferos domésticos, como os bovinos e suínos não ocorre esta interferência, isso é bem visível em caprinos, ovinos eqüinos e bubalinos. Isso está relacionado com a variação do número de horas do dia. Estação anual de reprodução Ovelhas raças pré-alpinas 260 dias; Merino, 200 dias; Blackface, 139 dias; Southdown, 120 dias. Todos os produtos da raça Merino possuem estação sexual longa. Ciclos ovulatórios silenciosos sempre ocorrem no início e no fim da estação. Em vacas e porcas o cio se manifesta regularmente durante o ano todo e a influência estacional é discreta. A fertilidade mínima ocorre em junho e a máxina em novembro em climas temperados, esta fertilidade pode estar relacionada mais ao fotoperíodo do que à temperatura e alimentação. A fertilidade na porca é mais baixa no verão do que nas outras estações, sendo menor o tamanho da leitegada. Atuação do fotoperíodo e da temperatura São dois fatores que influenciam os ciclos sexuais, sendo o fotoperíodo mais ativo. Quando conduzidas à dois ciclos fotoperiódicos por ano, as ovelhas apresentam duas estações de monta anuais, já que aos cinco meses de gestação segue-se um anestro de lactação de um mês e meio. O fotoperiodismo é um sincronizador da atividade sexual Nos mamíferos o efeito da temperatura é raramente mencionado. Os embriões bovino, ovinos e suínos são mais suscetíveis a danos durante os 10 primeiros dias do desenvolvimento . Em suínos a emissão de sêmen,a motilidade espermática e o número de leitões nascidos são diminuídos quando os reprodutores são submetidos à temperaturas de verão. Mecanismo de ação do fotoperíodo Variações da luminosidade diária desencadeiam variações nos níveis plasmáticos de gonadotrofinas e prolactina. O fotoperíodo exerce ação direta sobre o eixo Hipotalâmico-hipofisário e uma modificação simultânea na sensibilidade do sistema nervoso central para o feedback negativo dos esteróides. A secreção de prolactina e tiroxina também são reguladas pelo fotoperíodo que interferem com a função gonadotrófica ou com a capacidade de resposta das gônadas. Citologia Vaginal em cadelasInício do Pró-Estro Pró- estroInicio estroEstroAnestroMUDANÇAS DURANTE O ESTRO DE CADELASFASES
DO CICLO ESTRAL DA CADELA
PRÓ-ESTRO
Edema
de vulva Descarga
sangüínea. A
citologia vaginal é predominantemente de células parabasais COMPORTAMENTO
- a cadela é agitada e secreta feromonas É
agressiva com o macho. Torna-se
mais passiva no começo do estro. ESTRO
Aumenta
o edema de vulva Descarga
vulvar será ligeiramente cor-de-rosa . Algumas
fêmeas terão uma descarga sangrenta no estro que é normal. Na
citologia vaginal haverá uma concentração elevada de células corneificadas. COMPORTAMENTO
- a cadela procura o macho, fica rodeando, levanta a região pélvica , move a
cauda para o lado e aceita a cópula. Cio
do “lobo” - (cio dividido) Apresenta
o cio aparentemente normal mas, não ocorre ovulação. Seguido
por outro o cio 2-6 semanas mais tarde (cio ovulatório) METAESTRO
Diminuição
do edema vulvar Não
apresenta descarga vulvar A
citologia vaginal não apresenta células queratinizadas e apresenta células
brancas do sangue em grande quantidade. COMPORTAMENTO:
Não aceita o macho ANESTRO
Período
de inatividade ovariana Nenhuma
descarga vaginal CICLO
ESTRAL DA GATA
Requer
copulação para ovular. – Ovulação induzida FASES
DO CICLO
PRÓ-ESTRO
DURAÇÃO
– um dia ou menos CARACTERÍSTICAS
– o animal rola, se esfrega, emite vocalizações freqüentes, se abaixa freqüentemente
com os quartos traseiros elevados, mas ainda rejeita o macho. ESTRO DURAÇÃO
- 6-7 dias CARACTERÍSTICAS – aumento dos
sinais de pró-estro, porém, agora aceita macho, o que significa desvio da
cauda lateralmente, aceita que o macho lhe “agarre” a nuca, monte e copule. METAESTRO DURAÇÃO
- 1-2- semanas
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