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MICROBIOTA PREPUCIAL DE ONÇAS PINTADAS (Panthera
onca) MANTIDAS EM CATIVEIRO
Regina C.R. Paz1; Maria C. Guido1;Elizabeth O. Costa2 ;Roberta M. Züge1;Ronaldo G. Morato1; Marcelo A.B.V. Guimarães6;Adauto L.V. Nunes4;Paulo A.N. Felippe5;Gonzalo T. Gimenez3;Gustavo A. Crudeli3;Valquíria H. Barnabe1;Renato C. Barnabe1. 1Deptº de Reprodução Animal e 2Deptº Med. Vet. Preventiva e Saúde Animal/FMVZ/USP repaz@usp.br; 3Universidade Nacional del Nordeste; 4Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros; 5Bosque dos Jequitibás; 5Fundação Parque Zoológico de São Paulo. RESUMOA
onça pintada é o maior felino das Américas, está listado no Apêndice I do
Red Data Book da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN)
como animal ameaçado de extinção e, no Brasil, encontra-se na lista do
Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais não Renováveis
(IBAMA). A principal ameaça de extinção para a espécie é a perda constante
e fragmentação de habitats, o que ocasiona o desaparecimento local e
isolamento de populações. Nesse sentido a aplicação de técnicas de reprodução
assistida como inseminação artificial, fertilização in
vitro e transferência de embriões surgem como métodos alternativos com
intuito de minimizar a diminuição da variabilidade genética da população.
Neste contexto as informações sobre microbiota prepucial devem ser observadas
com relativa importância pois técnicas de biotecnologia estão começando a
ser utilizadas e tais microrganismos podem interferir no sucesso dessas técnicas
causando contaminação. Com o objetivo de determinar a microbiota prepucial de
onças pintadas (Panthera onca)
mantidas em cativeiro foi realizada colheita de material prepucial em 9 animais
adultos, sendo 5 animais da Província de Corrientes, Argentina (Complejo Ecológico
Municipal de Presidencia Roque Sãens Peña) e 4 do Estado de São Paulo (2 do
Bosque dos Jequitibás/Campinas, 1 do Parque Zoológico Muncipal “Quinzinho de
Barros”/Sorocaba e 1 da Fundação Parque Zoológico de São Paulo) sendo que
em um dos animais foram realizadas duas colheitas. O material foi coletado com
“swab” estéril, após imobilização química do animal utilizando-se a
associação tiletamina-zolazepan, na dose 10mg/kg, com auxílio de dardos e
zarabatana. Imediatamente após a coleta o “swab” foi colocado em caldo BHI
, incubado a 37ºC por 24 h e semeado em ágar sangue e ágar Mac Conckey. A
identificação das culturas foi feita de acordo com LENETTE et all. (1985) e a
classificação de acordo com KRIEG e HOLT (1994). O resultado obtido foi o
seguinte:
Pode-se
observar que o microrganismo mais freqüente foi Staphylococcus
sp 40,0%, seguidos por Streptococcus
sp 20,0% Escherichia
coli 20,0% e Corynebacterium
sp 10,0%. Desta forma, podemos concluir que o conhecimento da microbiota
prepucial de onças pintadas (Panthera
onca) é
importante pois auxilia na
detecção de possíveis contaminações presentes no sêmen, que podem
interferir no sucesso das técnicas de biotecnologia reprodutiva que estão começando
a ser utilizadas. Palavras-chave: onça pintada, microbiota prepucial. |
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