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Transf. embrião
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TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES

TE - biotecnologia que permite recolher embriões de uma fêmea doadora e transferi-los para fêmeas receptoras para completarem o período de gestação

IMPORTÂNCIA T.E. X I.A.

TE - Produzir um número maior de descendentes da fêmea de alto poder genético (até 20 bezerros/ano)

IA - Produzir um número maior de descendentes do macho

Base técnica para outras biotecnologias como a clonagem e animais transgênicos

Para melhoramento zootécnico -acelera o processo de seleção
animal
Permite a utilização de fêmeas com distúrbios reprodutivos adquiridos, sem caráter genético.

HISTÓRICO 

 HEAPE (1890) -primeira TE -em coelhos 

WILLET et al. (1951) -Bovinos " Produção em termos comerciais -

TE em bovinos -USA na década de 70 

Embriões eram colhidos por laparotomia mediana sob anestesia geral inalatória o que limitava sua difusão. 

Meados dos anos 70 -

 Método de colheita não cirúrgica porém a TE era feita por laparotomia do flanco sob anestesia local.

 Na mesma década - colheita e TE por via trans-cervical - dinamizou a comercialização de embriões. "

 1974 -Criação da Sociedade Internacional de Transferência de Embriões(IETS) -em Denver Colorado = EUA 

1973 -primeiro embrião congelado -Wilmut e Rowson 

No Brasil foi difm1dida na década de 80 " 

1985 -Criação da Sociedade Brasileira de TE (SBTE), hoje Socidade Brasileira de Tecnologia de Embriões.

PRINCIPAIS ETAPAS DA TE 

Seleção zootécnica das doadoras e avaliação clínico- ginecológica das doadoras e das receptoras. 

Tratamento hormonal para superovular as doadoras e sincronizar o ciclo estral das doadoras e das receptoras. 

Observação do estro das doadoras e das receptoras quanto a regularidade e intensidade - Inseminação Artificial das doadoras 

Colheita e tratamento dos embriões 

Deposição dos embriões colhidos e tratados no útero das receptoras (inovulação) 

 Diagnóstico de gestação nas receptoras

CICLO ESTRAL BOVINOS


Pró-Estro - 3 dias
Estro ou fase estrogênica /proliferativa (18hs)
Metaestro -2-3 djas
Diestro ou fase luteínica / secretória -14 dias

FSH -atua nos folículos -folículo dominante
LH -maturação do folículo dominante, indução da ovulação, secreção de progesterona pelo Corpo Lúteo.

SUPEROVULAÇÃO

Em um animal recém-nascido -existem  milhares de folículos (poucos se desenvolvem)
São recrutados em grupos, o grupo de folículos inicia a emergência de uma onda, um deles é selecionado, toma-se dominante e se desenvolvem enquanto os outros tomam-se atrésicos.
Pico de FSH é responsável pela emergência da onda folicular.

A superovulação é o método de estimular diversos folículos terciários até o estágio de pré-ovulação-ovulação.
O tratamento superovulatório visa suprir a deficiência da concentração de FSH antes que o Folículo Dominante promova a redução da concentração dessa gonadotrofma.
Neutraliza os efeitos da dominância folicular.
A TE deve ser iniciada no momento da emergência da onda folicular (porque os folículos estarão sensíveis à ação do FSH).
Durante a superovulação - mudança brusca no perfil hormonal das doadoras -aumenta a concentração de estrógenos.

TRATAMENTO SUPEROVULATÓRIO

ECG -Gonadotrofina coriônica Eqüina

1.500-2.500 UI novilhas e vacas primíparas - 3.000 UI - pluríparas- Vida média 8-14 dias
Aplicar eCG (9º -14º dia do ciclo) -

48-60 hs após 2ml PGF2a

 - Inseminar 2-3 vezes- Aplicar 5ml de soro anti-eCG na 2ª IA

Colheita -7-8 dias após 1ª IA

FSH ou hMG (Gonadotrofina Menopáusica humana) -

Vida média curta
Injeções repetidas a cada 12 hs (8 aplicações em doses decrescentes)
No 4º dia aplicar 2ml PGF2
a pela manhã(7:00 hs) e a tarde (19:00 hs).
Sincronização com dispositivos intra-vaginais ou implantes auriculares 

-retirar no 4º dia do FSH (7:00hs) e aplicar 2ml .PGF2 36 a 60 hs após a retirada.

Intervalo entre duas superovulações = 5 semanas

Acompanhar a resposta ovariana por palpação.

CLASSIFICAÇÃO DOS EMBRIÕES 

ESTÁGIOS DE DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO EM
BOVINOS, CONSIDERANDO-SE OS CÓDIGOS
RECOMENDADOS PELA IETS (1998)

Código 1: 1 célula (dia 1) -Pró núcleos feminino e masculino (zigoto)
Código 2: 2 células (dia 2)
Código 2: 4 células (dia 3)
Código 3: Mórula inicial (dia 4-5) -13 a mais de 32 blastômeros - até 16 células consegue-se boa separação mecânica.
Código 4: Mórula (dia 6)
Código 5: Blastocisto inicial (dia 7)
Código 6: Blastocisto (dia -7-8)
Código 7: Blastocisto expandido (dia 8-9)
Código 8: Blastocisto eclodido (dia 9)
Código 9: Blastocisto eclodido expandido (dia 9-10)
Recomenda-se a utilização de embriões em estágios que antecedam a eclosão embrionária.

 

DETERMINAÇÃO DO GRAU DE QUALIDADE DOS EMBRIÕES (PALM E BREM 1993)


GRAU I -Excelente -Desenvolvimento correspondente ao dia da colheita, não existindo defeitos visíveis
GRAU II -Bom -O embrião possui muito poucos blastômeros desprendidos da massa celular, e uma pequena quantidade de debris celulares. Sua forma pode ser ligeiramente irregular.
GRAU III -Regular -Embrião com vários defeitos, com debris celulares, forma irregular, cor muito escura ou muito clara, entre outros.
GRAU IV -Ruim -Embrião com muitos defeitos, sendo correspondente ao grau III com desenvolvimento mais retardado, com ruptura da zona pelúcida, forma muito assimétrica, tendência a desintegração com granulação e desintegração dos blastômeros. Esta categoria não deve ser transferível

 

 

 

 

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Última modificação: 18 maio, 2005